Bom, nesses últimos dias não consegui postar as mensagens referente ao livro de provérbios porque foi uma correria.
Como alguns já devem saber, nosso primogênito nasceu!
Nasceu dia 29/04/2015 às 06:29! Com 3.075 kgs, 52 cm, de parto normal, sem anestesia.
Vou aproveitar e compartilhar com vocês essa experiência incrível que tivemos. Deus foi extremamente fiel desde o início e vemos como Seu poder é ilimitado!
Aproveito para dizer que não recrimino nenhum outro tipo de parto, é um relato da minha experiência, graças a Deus a saúde física e mental, tanto minha quanto do Théo favoreceram isso. Todo nascimento é singular. 💙
Tudo começou com a bolsa estourando dia 28/04 às 8h da manhã. Estava em casa e logo que aconteceu ligamos para nossa médica que acompanhou a gravidez. Ligamos pra ela e como eu não estava sentindo nenhuma contração ainda, ela me aconselhou a repousar e me alimentar; e aguardar as contrações.
Às 16 horas, apenas com contrações bem leves, ela chegou aqui em casa para me examinar e ver se tinha alguma dilatação e como o bebê estava. Eu estava com 2 cm de dilatação, e Théo estava bem. Sendo assim ela nos orientou a ir pra clínica somente as 19 horas, ela já estaria nos esperando lá com a esquipe pronta e nos acomodaria no quarto. (O lugar que escolhemos para o Théo nascer é completamente diferente do que vemos ou estamos acostumados no Brasil. É um local especializado em partos naturais, funciona também como um hospital escola, onde as assistentes que estudam na universidade, atuam lá durante o curso de "sages-femmes" termo usado aqui para essas pessoas que fazem o parto, não temos no português uma palavra exata para traduzir, o mais certo seria uma doula. As que me acompanharam foram a Luce - que fez o parto - e a Guylaine, que acompanhou a gravidez. Eu sempre tinha as duas meio que disponíveis pra mim quando precisasse. Aqui elas fazem faculdade, curso de especialização, treinamentos e só depois atuam. São super reconhecidas no país, merecem de fato)
Voltando a saga...
As 19 horas chegamos na clínica e nos instalamos. Como eu ainda não estava com as contrações, a Luce pediu que eu usasse uma bombinha de tirar leite por 15 minutos e andasse por mais 15 minutos, fazendo isso por 3 vezes, para que meu corpo liberasse ocitocina e as contrações aumentassem. Fiz todo esse processo com o Rodrigo e com duas amigas do Brasil que me ajudaram a distrair, contrações via WhatsApp, rs. Logo que terminei, como mágica minhas contrações triplicaram. Isso já eram cerca de 21h. Assumo que a partir desse momento não lembro 100% do que aconteceu. Meu marido me acompanhou desde o princípio, ficou comigo antes, durante e depois, e preciso dizer que se não fosse a ajuda e suporte que ele me deu eu não teria força suficiente.
À meia noite as contrações estavam bem mais intensas. Estávamos no quarto só nós dois, com a Luce e sua assistente nos acompanhando, checando o batimento cardíaco do Théo e minha pressão a cada duas contrações. A cada nova contração que eu sentia eu trocava de posição, como não existe uma regra de melhor posição nessas horas, eu realmente fiquei de vários jeitos, de pé apoiada num trapézio, sentada num banquinho que parece um vaso sanitário, de bruços, deitada de lado na cama, na banheira pra amenizar as dores nas costas, devido a intensidade da dor e das contrações. Luce e sua assistente me acompanhavam até nas respirações. E realmente a forma de respirar ajuda muito a "aceitar" a dor e entender que faz parte, quando a contração acaba, da pra sair andando e conversar normalmente. Mas quando ela vem, não se quer papo nenhum!
Por volta das 4 horas da manhã eu já estava com as contrações na lua. Numa escala de 1 a 10, estava claramente em 200! Rs!
Nessa hora eu já tinha sentido de fazer força, (eu havia perguntado para a Guylaine como que seria na hora que o Théo nascesse, ou o que eu deveria fazer e como, mas como disse antes, não há regra e é fato que nosso corpo é incrível, ninguém precisa falar, ele sabe a hora de fazer força, a hora de "empurrar", o corpo da mulher é uma criação de Deus tão perfeita que sentimos, sem curso ou conhecimento nenhum que está na hora. Assim, para o Théo começar a vir, eu já sentia a barriga mais pesada, ele já tinha descido bastante e as contrações eram muito fortes, do tipo que estava confuso até pra respirar. Então eu disse a Luce que estava fazendo força, estava doendo muito mas tinha algo estranho, (como eu estava sem anestesia eu conseguia descrever exatamente como e onde doía). Então ela percebeu que o problema era meu cóccix. Que não tinha se movimentado o suficiente para o bebê passar. Dada a situação ela precisou colocar a mão durante uma contração pra literalmente empurrar meu cóccix pro lugar certo para que o Théo tivesse espaço pra passar.
Após isso senti que ele se mexia, que estava próximo, mas eu já estava bem cansada. Por alguns instantes eu achei que não fosse conseguir e só gritava por Jesus.
Como não falamos o francês muito bem ainda, nos comunicávamos em inglês o tempo todo, e quando estava no meio da contração, com muita dor, até com o Rodrigo eu só falavamos em inglês.
Foram momentos bem intensos. De muita dor, alguns incômodos e desconfortos mas realmente valeu muito a pena! Quando as meninas pegaram o Théo e o colocaram em meu peito toda a dor passou num piscar de olhos, a sensação de tê-lo conosco, algumas 12 horas depois, é indescritível. Sentir o cheiro dele, a pele, seu coração batendo tão perto de nós foi e é uma sensação única e inesquecível.
Sobre a recuperação, está sendo ótima graças a Deus. No primeiro dia eu estava bem cansada, afinal foram quase 24 horas sem dormir. Mas conseguia andar, comer sozinha e tudo mais. Fiquei com dor muscular nas costas e no cóccix, devido à força pra que o bebê saísse. Nos 3 primeiros dias eu só queria comer e dormir, o repouso é muito necessário. E após 3 dias eu já estava me sentindo muito melhor.
Esse é nosso pequeno. Théo. Bem-vindo, nossa benção! Um presente de Deus.
Oi Mayara, o Théo é lindo e com certeza é um presente de Deus. Fico imaginando como foi maravilhoso você trazer ele ao mundo com todo o apoio que teve. Acho muito legal que fora do Brasil, os partos naturais acontecem com mais freqüência e que na minha opinião, é melhor tanto pra mãe quanto para o bebê. Uma pena que no Brasil o quadro é um pouco diferente mas eu sou a favor desse tipo de parto e se Deus assim me permitir, quero que meus filhos nasçam assim. Que Deus continue abençoando essa linda família e que o Théo siga o exemplo de vocês e se torne um homem de Deus. Saudades, beijos!
ResponderExcluirOi Tai! Realmente é muito diferente do que estamos acostumados a ver e ouvir falar. Mas é uma experiência incrível. Valeu Mto a pena cada dor Rs.
ExcluirObrigada pelo carinho! Bjinhos 😘😘😘