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Provérbios 15 - A justiça de Deus

Resultado de imagem para sabedoriaVocê já percebeu que o livro de Provérbios, além de conter muitos ensinamentos, contém também instruções para nossa vida diária. São instruções para seguirmos um caminho de bênçãos e bons frutos. O capítulo 15, vai tratar na maioria dos versículos a respeito do nosso auto-controle, sobre a raiva e a ira. Sentimentos que devemos aprender a controlar, para que eles não nos controlem e definam nosso destino.

Logo no primeiro versículo, vemos que nossa fala pode afetar alguém, e na maioria das vezes está relacionado ao modo que dizemos certas coisas. O segundo versículo continua com esse alerta, para sermos sábios em relação ao que falamos.

No versículo 3, o fato de os olhos do Senhor estarem em toda parte, cria um certo temor, pois de fato Deus sabe e vê todas as coisas. 

15.4 — A resposta branda do versículo 1 pode ser considerada de língua saudável, e a palavra dura, perversidade. A primeira é como uma árvore da vida, devolvendo-nos um pouco do Éden (Pv 3.18; 11.30; 13.12); a outra quebranta o espírito, recordando a expulsão do Jardim (Gn 3.23,24).

15.5 — A pessoa verdadeiramente sábia tira proveito da correção. O termo traduzido como “prudentemente” na segunda parte deste versículo significa “ser astuto”. A astúcia pode ser maldosa, mas, aqui, tem o sentido positivo de ter jogo de cintura (Pv 1.4).

15.6 — Vemos aqui que uma casa é uma benção e a outra esta arruinada. O motivo disso é como a casa foi adquirida e como está sendo usada. A casa do justo contem grandes tesouros porque está fundada na sabedoria e no respeito a Deus. Por outro lado, a dos perversos está destruída. Estes nunca terão ganho algum.


15.8,9 — Algumas vezes vemos que os provérbios tocam no tema da adoração (Pv 16.6). A adoração proveniente dos que não são contritos nem humildes é abominável a Deus (P v ll.2 0 ). De Gênesis 4 a João 4, as Escrituras comparam a adoração positiva a negativa (Is 1.11-15). 

15.10 — Este provérbio promete correção severa para quem deixa os caminhos do Senhor. Ou seja, disciplina é um meio de correção, e não de punição. Só a pessoa que aborrece a repreensão — a que por opção, se recusa a escutar, perecerá.

15.12 — A palavra “escarnecedor” (Pv 14.6) é empregada como um comparativo para expor com mais clareza o caráter do sábio. Ele se deleita em zombar das coisas de Deus (Pv 1.22) e é incapaz de aceitar disciplina (Pv 9.7), repreensão (Pv 9.8) ou censura (Pv 13.1). Ele não é capaz de achar a sabedoria (Pv 14.6) e deve ser evitado (Sl 1.1). Seu grande problema é demonstrado por sua reação a correção. Ele não aprende com ela nem procura obtê-la. 

15.14 — A pessoa que tem coração sábio nunca está satisfeita com o que já sabe. A busca da sabedoria e do conhecimento é uma tarefa para a vida toda, não há limite. Devemos sempre buscar mais de Deus, aprender mais sobre Ele e sobre Seus ensinamentos.

15.16 — O rico indolente pode estar tomado de inquietudes, enquanto que o pobre, na maioria das vezes, vive com paz. São paradoxos que vemos constantemente. Muitas pessoas acreditam que com mais dinheiro seriam mais felizes; porém a verdadeira felicidade está quando nos encontramos nos braços de Deus.

15.17 — O ódio traz ruína até o banquete mais fino, enquanto que o amor enobrece até a refeição mais simples.

15.18 — A pessoa que não tem “pavio curto” — que é longânime — apazígua brigas, já quem é irritado costuma ver problema onde não tem, sempre procurando algum motivo para brigar.

15.19 — Comparada a estrada do justo, o caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, cercado por dores. Como o caminho é mais difícil, o preguiçoso por vezes hesita trilhar seu caminho esperando que algum dia ele se torne mais fácil de seguir.

15.20 — Este provérbio é parecido com o quinto mandamento: Honra a teu pai e a tua mãe (Ex 20.12; Dt 5.16). “Honrar” e “ouvir” os pais é um assunto frequente nos provérbios de Salomão. O início deste versículo e o mesmo usado em Provérbio 10.1.

15.22 — Quanto maior a decisão, maior a necessidade de aconselhamento. Agir com sabedoria em todas as áreas da nossa vida. Até as pessoas mais influentes, como governantes, por exemplo, precisam de conselheiros que ajam com sabedoria para lhes ajudar nas decisões mais complexas.

15.23 — As palavras têm poder para edificar ou destruir. Salomão escreveu muitos provérbios sobre as consequências da fala, como já vimos alguns: Pv 15.4; 14.23. O apóstolo Tiago escreveu sobre o poder destrutivo das palavras (Tg 3.5,6). O autor de Hebreus também nos exortou a incentivarmos uns aos outros (Hb 10.24,25).

15.24 — A palavra “inferno” (hb. sheol, Pv 15.11) é empregada aqui como o destino do tolo, mas não do prudente e trabalhador. Enquanto que o caminho do tolo desce ao abismo, o caminho da vida (do prudente) o conduz para cima, para a glória, e seu destino final é estar com Deus.

15.25 — Vemos mais uma vez nesses versículos sobre a recompensa dos justos e a dos ímpios. Aos soberbos, o Senhor servirá uma dose de humildade. Mas a viúva, pessoa completamente indefesa na Antiguidade, Ele concederá proteção. Em muitos pontos, as Escrituras descrevem Deus como Protetor dos indefesos (Dt 10.18; SI 68.5; 146.9; Jr 49.11).

15.26 — Diversos provérbios tratam do que Deus abomina o maus pensamentos. Não existem pensamentos ocultos a Ele. Devemos orar como Davi para que nossas palavras e a meditação de nosso coração sejam aceitáveis aos olhos de Deus (SI 19.14).

15.27 — O mal do suborno está em perverter a justiça, ser uma distorção que, com o tempo, semeia a desconfiança e traz desonra para o povo.


15.28 — Uma pessoa sabia pondera como vai responder;já o ímpio, responde de imediato o que lhe vier a mente, atraindo contenda, ira e desentendimentos entre as pessoas. Devemos agir de forma pacífica e influenciar para o bem.

15.29 — Deus se afasta dos ímpios, se aproxima algumas vezes para corrigir, punir e ser justo. Porém Deus se aproxima dos justos, suas orações são ouvidas. A justiça nos aproxima de Deus.

15.30 — Podemos perceber aqui os efeitos das boas ações e dos sentimentos positivos.

15.31-33 — A disciplina é essencial para o aprendizado. Logo, o instinto natural de autopreservação é perigoso quando chega a hora de ouvir uma exortação necessária.  Mas a bíblia nos fala que somente o conhecimento não torna ninguém mais sábio, lembrando novamente sobre o temor do Senhor.

Continue essa caminhada para adquirir sabedoria lendo, diariamente, o livro de Provérbios. Cada passagem nos ensina algo novo e importante para nossa vida. 

Ore a Deus pedindo mais sabedoria e entendimento da Sua palavra. 

Que o Senhor nos abençoe e nos dê sabedoria! 

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